A tecnologia tem sido usada na medicina para ajudar a controlar o medo e a dor há alguns anos. Pacientes que passam por tratamentos de queimadura, que têm dores relacionadas ao câncer e que passam por procedimentos médicos com frequência quando imersos no mundo virtual relatam sentir menos dor, incômodo e desconforto durante procedimentos de saúde. Um estudo divulgado em janeiro de 2017 pela Clínica Sansum, na Califórnia, Estados Unidos, concluiu que crianças que usaram óculos 3D no momento em que receberam sua vacina anual de influenza relataram ter sentido 75% menos dor e 52% menos medo do que aqueles que tomaram a vacina sem o acessório. O estudo levou em conta o relato de 244 crianças, 112 das quais tiveram acesso à realidade virtual.
Agora, um laboratório brasileiro começou a usar o programa de realidade virtual "Happy place" no momento de receberem vacinas.
Funciona assim: a criança que chega para tomar a vacina recebe o óculos de realidade virtual que exibe uma animação em 3D. O enredo coloca a criança como um herói que vai receber um "poder especial" para salvar o reino.
Quando a enfermeira passa o algodão com álcool no braço do paciente, a personagem do desenho diz que aquele é o momento de aplicar o "pólen de gelo". Em seguida, a personagem aplica o superpoder no exato momento em que a enfermeira aplica a vacina. A profissional coordena seus movimentos com a história que a criança está presenciando por meio de um computador.
Iniciativas assim fazem acreditarmos que a tecnologia pode sim estar alinhada com o bem-estar e o crescimento das pessoas.
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